Éle Semog

Poeta, Escritor, Ativista





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Foto: Jorge Ferreira

Nossos Poemas

Da Série Cores&Amores

Pode ser estranho

Algo sobrenatural

Totalmente ridículo

Ridículo

Pode ser que eu esteja

Em uma camisa de força

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As Águas e o Tempo

para Rachel

As águas

Agora que a vida é um tempo

quase livre

e qualquer tempo vale a vera

como se fosse eterna,

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Vocação

Vivo distante

de esperanças e ilusões.

Nos meus poemas

só escrevo as palavras

que as pessoas podem.

Não faço provocações

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Da Fábrica e da Alma

Não posso rezar todos os dias,

a igreja abre às sete e a fábrica às seis.

Então, Senhor, perdoai-me,

mas primeiro o patrão, dele vem o pão.

 Vejo outros companheiros, amigos.

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Minha história

19 Abr

TRAJETÓRIA

Éle Semog nasceu no Século XX da Era Comum, na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Viveu a infância e a adolescência no subúrbio carioca nos bairros de Vila Valqueire e Bangu. Nos anos de 1970 participou do Grupo Garra Suburbana, onde publicou seus primeiros poemas mimeografados. Como militante do movimento social negro participou de diversas organizações de combate ao racismo, lutou contra a ditadura militar e pela promoção da democracia. Na década de 1980, participou da fundação do Jornal Maioria Falante e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas - CEAP, onde também foi presidente. Atualmente é membro do Conselho Executivo do Instituto Palmares de Direitos Humanos e Secretário Executivo do CEAP. Seus poemas foram musicados pelos compositores Irinéia Maria, Teo de Oliveira, Mauro Marcondes e Laércio Lino. No campo da literatura fundou os grupos “Negrícia Poesia e Arte de Crioulo” e “Bate Boca de Poesia”. Começou a trabalhar aos 17 anos, após a morte do pai, quando cursava o terceiro ano do curso científico, no Colégio Madureira. Seu primeiro emprego formal foi como apontador, na empresa de construção civil. No tempo em que trabalhou na construção civil estabeleceu fortes relações de amizade com os operários, principalmente os peões, a maioria analfabetos e de origem nordestina. Aos sábados o expediente terminava às onze horas e ele passava parte da tarde na obra, lendo e respondendo as cartas que eles recebiam das suas famílias. Com o tempo e com o apoio do engenheiro...

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